Momento poético: Ofélia

Fico me perguntando quantas pessoas são inspiradas diariamente pelo espírito avassalador da arte. Sim. É exatamente disso que eu, humildimente, venho escrever neste momento, pois mexendo, fuçando e vasculhando a "montanha" de papeis que tenho em casa, descobri um texto que criei há alguns anos como atividade para a facul.
Tudo que bem, neste caso, a arte não me inspirou por livre e espontanea vontade, uma vez que por uma mera obrigação acadêmica me vi as voltas para criar algo que tivesse alguns elementos gramaticais pedidos pela professora_ mais um exercício para desenferrujar a mente e prepará-la para o "português da vida diária"._ Enfim, estava loucamente pensando o que escreveria quando, ao acessar a net_ sempre muito bendita por sinal_ vi, não me lembro em qual site porque já faz um tempinho, um quadro, mas não era um quadro qualquer era a "Ofélia", de John Everett Millais.
Aquela imagem de mulher totalmentne sem vida e estirada num rio, ao mesmo tempo que me pareceu mórbido (afinal a morte é assim mesmo), me chamou a atenção bela beleza singular do momento "retratado" pelo pintor inglês que teria pincelado o quadro numa espécie de homenagem a Shakespeare, uma vez que a ideia da pintura seria retratar o suicídio da jovem (Ofélia) já que ela teria sido rejeitada por Hamlet, personagem shakesperiano .
Bom, para encurtar a história, foi a Ofélia, morta mesmo, que me inspirou a criar o poema que além de ter garantido minha nota, não ficou tão tuim assim, quer dizer, pelo menos acho que não ficou tão ruim assim.



Ofélia, de John Everett Millais
Poema: Ofélia


No lago da montanha acinzentada
O corpo dela aida aguardava
Banhado em sangue e lágrimas
Jazia Ofélia desfigurada


Ofélia que um dia esbanjava vida,
Ofélia que a vida um dia me roubou,
Ofélia tão doce, tão formosa
Ofélia que por ti quase morri de amor


Quem deste mundo te privou?
Qual de teus amantes a matou e
sob o brilho da lua cálida a deixou?
Agora repousa no ceú eternamente
Deixando-me nesta vida descontente
Minha vênus, minha rainha
Sem o teu amor condenado a perecer estou

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